quarta-feira, 29 de julho de 2009

Bem e Mau

BEM E MAU

Céu e inferno
Tênue linha horizontal
É aquela velha historia
Disputa entre bem e mal
Acentuada carreira angelical
Outro povo de cultura
Rosa norte temporal
O inferno da ternura
Barômetro pluvial
De medidas anatômicas
O vigésimo ramal
Das moedas astronômicas
Cinemática de visão
Eletrostática negação
E um tom angelical.
Pudera eu poder ser mau.

No meu mundo não teria

Vasculhando um computador antigo, achei algumas poesias feitas a alguns anos atrás, provavelmente fazem uns cinco anos ou mais anos que foram escritas. Gostei de reve-las, as vezes esquemos alguns pensamentos que já alcançamos.



No Meu Mundo Não Teria

No meu mundo não teria
Quem pudesse me olhar
Tão bonito ele seria
Se pudessem apenas me escutar
No meu mundo não teria
Nem rua nem contra mão
Todo mundo seria irmão
E mais claro tudo ficaria
No meu mundo não teria
Quem hesita em dormir tarde
Ninguém seria covarde
E o outro acordaria
No meu mundo não teria
Nem caneta nem papel
Só teria pão de mel
E mais doce ele seria
No meu mundo não teria
Nem ordem, nem ordenado
O povo seria o estado
E patrão não existiria
No meu mundo não teria
Um foguete que chegasse
Em tal ponto que levasse
E me roubasse a alegria
No meu mundo não teria
Tanta infelicidade
O direito de igualdade
Respeitado ele seria
No meu mundo não teria
Sonho bom interrompido
Nem qualquer amor bandido
No meu mundo haveria
No meu mundo não teria
Nada que eu não quisesse
E tudo que eu pudesse
Com certeza eu faria

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Curta Metragem - Depois do Crepusculo

Olá a todos!!



Essa é a primeira postagem do ano de 2009, então, sejam bem vindos a este novo ano!

Espero que esse ano, este blog realmente crie asas e consiga voar para longe.


Sinceramente, ando enferrujado, sento em frente ao computador e nem cósegas consigo fazer no Word. Quando estou armado de lápis e papel, meu cerebro parece levar uma descarga de criatividade, tudo vai por água a baixo.


Penso aonde posso estar pecando, talvez na intensão do verso, foco na força da palavra...e esqueço da mensagem. Não sei, talvez, uma hipótese...



Este filme foi realizado no inicio de 2008, seu intuito no começo era bem básico, foi mais ou menos, assim: Caminhando pela praia da Barra da Tijuca com um grande amigo carioca chamado Kaio, discutiamos que logo cada um seguiria seus passos e nossa união ficaria a distância. Precisavamos criar algo... foi com essa conversa que fui deitar encucado naquela noite. Pensava em algo para chocar, um curta nosso, aonde as falas aconteceriam dentro da situação, nada muito programado, botariamos, na verdade, nossa amizade a prova. Até que ponto eramos mesmo ligados?


Foi no instante de uma piscada que a ideia para um curta experimental surgiu, corri para o apartamento do Pedro Zoca, grande companheiro de Brasilia, cineasta, filósofo, surfista e artista, sentamos juntos os três e a inspiração tomou vida: Dentro de marcações programadas dentro de uma cena, nos dois improvisariamos o texto e seguiriamos com a história. A história? O que você faria se sua amiga fosse morta?


Cauê e Jeff são dois amigos criados na Barra da Tijuca, bairro considerado nobre do Rio de Janeiro. Convencidos de que podem tudo, convidam uma colega para uma conversa no apartamento de um deles. Entre drogas e bebidas, ela acaba desmaiando, o que leva ambos a se questionarem sobre tudo, levando a uma decisão surpreendente. Amizade, drogas e as loucuras de dois jovens de 18 anos são os elementos principais desse intrigante filme.










Ficha Técnica -


ELENCO: Kaio Nogueira Guilherme Fernandes Priscila Sztejnman Victor ferreira

DIREÇÂO: Pedro Zoca

PRODUÇÂO: JCV Audiobras

PREPARAÇÃO CORPORAL: Felipe Brettas Thiago Amaral.



quarta-feira, 11 de junho de 2008

Soneto XVII

Já que não ando escrevendo minhas poesias... acho justo postar algumas das que mais me agradam.

Postarei o  Soneto XVII, escrito por Paulo Neruda e publicado em sua belíssima obra ´´100 Sonetos de Amor´´. Reparem no primeiro terceto, com certeza um dos mais bonitos da história dos sonetos.








Soneto XVII

Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.

Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,

senão assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

Pablo Neruda

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Tempestade



Uma poesia não é só escrita.

Trago então, minha próxima poesia em meu corpo, minha única e mais poderosa ferramenta de trabalho.

Tempestade, é o nome da bela música da banda ''Fino Coletivo'', no qual eu tive o prazer de atuar em parceria com meu grande amigo e diretor Pedro Zoca, montando este videoclipe.

O projeto é o seguinte:

Um palhaço mudo sai ao centro do Rio de Janeiro com a missão de entregar 100 rosas para qualquer pessoa que passe na rua, o porque disso ? a pura e simples boa ação, que há muito tempo foi jogada no mar do esquecimento.
O videoclipe não tem como mostrar a jornada inteira do palhaço, por isso conto que não foi fácil, o que era pra ser um trabalho de distribuição de alguns minutos, duraram mais de três horas, comprovando meu parecer que a Boa Ação, por assim dizer, não faz mais parte de nosso cotidiano.



Agora, a poesia:

http://www.youtube.com/watch?v=E0GBbTjePjw&eurl

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Janela Cor de Rosa

Este é um poema feito por minha mãe dedicado a mim, espero que gostem:


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Janela Cor de Rosa

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A casa é pequenina!


Uma janelinha cor de rosa...Caminhos de pequenas pedras que levam numa roseira de cor ainda sem jeito de tanta beleza.Cercada de arames bem finos, entre meio, o sabiá pousa na janela... janela cor de rosa.


A paisagem deslumbra!


Some meio ao morro, que os olhos não alcançam. Riacho que passa no meio das grandes pedras, faz também o ninho de um passarinho na jaqueira ao lado.No fogão de lenha no meio da pequena cozinha, o amor se faz presente.


A beira do fogão contamos histórias!


Causos antigos dos nossos avós...Uma rede cor de mel amarrada...Presente da vózinha que bem longe olha do alto.Com a chegada da noite e com o fogão ainda acesso, as mãos do meu amor ainda acariciam meu rosto.


Uma notícia chega à tardinha!


Alegria alegria... encheu o coração!


Corre corre o dia inteiro se fez presente no paraíso!


Corre Corre no jardim colhendo as mais lindas flores! No cantinho da janela cor de rosa, um lindo vaso de sortidas rosas.


Sentamos na pequena varanda com a rede ainda à balançar,Coração se fez em prantos de amor que temos pra dar


Finalmente !


Nós ali com um sorriso que num cabia, Avistamos lá longe a porteira se abrindo...Com um caminhar lento e seguro se aproximava balançando as mãos bem no alto.


Apressou os passos para tantos abraços!


E com os olhos cheio de saudades... Pensamos bem baixinho...


Vem com Deus nosso filho amado...


Vem de volta pra casa.

'' Vania Lughi ''

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Sereia



Encanto da Sereia



Pela ponte de espuma
Chegaste.
Tão especial em seu modo unico de ser.

Ignoro o além da praia,
O mundo que te gerou;
Assim, feliz e com um sorriso
tão belo que consegues seduzir o universo.

Se surgiste do seio do dia
Ou do grito da noite.
Não sei, por seu coração puro me cativei.
Com suas brincadeiras me encantei
Em sua estranhice me completei

Vem a mim em sua forma meiga de ser
e faz dos teus risos poesia orquestrada pelas conchas do mar

Reconheço-me apenas
No coral das unhas e boca,
Nos olhos líquidos,
Na trança de sargaço.
Sei que flutuas em mim,
E teu corpo veste-se
De vozes;

Te procurei no passado para te
convidar para o futuro.
No entanto,
Regressarás ao mundo de areias brancas
E meu murmúrio será sal,
Brilhando em teus cabelos.